sábado, 26 de abril de 2008

Coisas Interessantes


Histórico
Java
Paradigma:
orientação a objeto
Surgido em:
década de 1990
Última versão:
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Criado por:
Sun Microsystems
Estilo de tipagem:
estática, forte
Compiladores:
GCJ, Javac
Dialetos:
Influenciada por:
Objective-C, C++, Smalltalk
Influenciou:
C#, J#, Jython
Licença:
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Website:
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Em 1991, na Sun Microsystems, foi iniciado o Green Project, o berço do Java, uma linguagem de programação orientada a objetos. Os mentores do projeto eram Patrick Naughton, Mike Sheridan, e James Gosling. O objetivo do projeto não era a criação de uma nova linguagem de programação, mas antecipar e planejar a “próxima onda” do mundo digital. Eles acreditavam que, em algum tempo, haveria uma convergência dos computadores com os equipamentos e eletrodomésticos comumente usados pelas pessoas no seu dia-a-dia.
Para provar a viabilidade desta idéia, 13 pessoas trabalharam arduamente durante 18 meses. No verão de 1992 eles emergiram de um escritório de Sand Hill Road no Menlo Park com uma demonstração funcional da idéia inicial. O protótipo se chamava *7 (leia-se “StarSeven”), um controle remoto com uma interface gráfica touchscreen. Para o *7, foi criado um mascote, hoje amplamente conhecido no mundo Java, o Duke. O trabalho do Duke no *7 era ser um guia virtual ajudando e ensinando o usuário a utilizar o equipamento. O *7 tinha a habilidade de controlar diversos dispositivos e aplicações. James Gosling especificou uma nova linguagem de programação para o *7. Gosling decidiu batizá-la de “Oak”, que quer dizer carvalho, uma árvore que ele podia observar quando olhava pela sua janela.
O próximo passo era encontrar um mercado para o *7. A equipe achava que uma boa idéia seria controlar televisões e vídeo por demanda com o equipamento. Eles construíram um demo chamado MovieWood, mas infelizmente era muito cedo para que o vídeo por demanda bem como as empresas de TV a cabo pudessem viabilizar o negócio. A idéia que o *7 tentava vender, hoje já é realidade em programas interativos e também na televisão digital. Permitir ao telespectador interagir com a emissora e com a programação em uma grande rede cabos, era algo muito visionário e estava muito longe do que as empresas de TV a cabo tinham capacidade de entender e comprar. A idéia certa, na época errada.
Entretanto, o estouro da Internet aconteceu e rapidamente uma grande rede interativa estava se estabelecendo. Era este tipo de rede interativa que a equipe do *7 estava tentando vender para as empresas de TV a cabo. E, da noite para o dia, não era mais necessário construir a infra-estrutura para a rede, ela simplesmente estava lá. Gosling foi incumbido de adaptar o Oak para a Internet e em janeiro 1995 foi lançada uma nova versão do Oak que foi rebatizada para Java. A tecnologia Java tinha sido projetada para se mover por meio das redes de dispositivos heterogêneos, redes como a Internet. Agora aplicações poderiam ser executadas dentro dos browsers nos Applets Java e tudo seria disponibilizado pela Internet instantaneamente. Foi o estático HTML dos browsers que promoveu a rápida disseminação da dinâmica tecnologia Java. A velocidade dos acontecimentos seguintes foi assustadora, o número de usuários cresceu rapidamente, grandes fornecedores de tecnologia, como a IBM anunciaram suporte para a tecnologia Java.
Desde seu lançamento, em maio de 1995, a plataforma Java foi adotada mais rapidamente do que qualquer outra linguagem de programação na história da computação. Em 2003 Java atingiu a marca de 4 milhões de desenvolvedores em todo mundo. Java continuou crescendo e hoje é uma referência no mercado de desenvolvimento de software. Java tornou-se popular pelo seu uso na Internet e hoje possui seu ambiente de execução presente em web browsers, mainframes, SOs, celulares, palmtops e cartões inteligentes, entre outros.[carece de fontes?]

[editar] Padronização
Em 1997 a Sun Microsystems tentou submeter a linguagem a padronização pelos orgãos ISO/IEC e ECMA, mas acabou desistindo. [1][2][3] Java ainda é um standard de fato, que é controlada através da JCP Java Community Process.[4] Em 13 de Novembro de 2006, a Sun lançou a maior parte do Java como Software Livre sob os termos da GNU General Public License (GPL). Em 8 de Maio de 2007 a Sun finalizou o processo, tornando praticamente todo o código Java como software de código aberto, menos uma pequena porção que a Sun não possui copyright.[5]

[editar] Principais Características da Linguagem Java
A linguagem Java foi projetada tendo em vista os seguintes objetivos:
Orientação a objeto - Baseado no modelo de Smalltalk e Simula67;
Portabilidade - Independência de plataforma - "write once run anywhere";
Recursos de Rede - Possui extensa biblioteca de rotinas que facilitam a cooperação com protocolos TCP/IP, como HTTP e FTP;
Segurança - Pode executar programas via rede com restrições de execução;
Além disso, podem-se destacar outras vantagens apresentadas pela linguagem:
Sintaxe similar a Linguagem C/C++.
Facilidades de Internacionalização - Suporta nativamente caracteres Unicode;
Simplicidade na especificação, tanto da linguagem como do "ambiente" de execução (JVM);
É distribuída com um vasto conjunto de bibliotecas (ou APIs);
Possui facilidades para criação de programas distribuídos e multitarefa (múltiplas linhas de execução num mesmo programa);
Desalocação de memória automática por processo de coletor de lixo (garbage collector);
Carga Dinâmica de Código - Programas em Java são formados por uma coleção de classes armazenadas independentemente e que podem ser carregadas no momento de utilização.

[editar] Máquina Virtual Java
Programas Java não são traduzidos para a linguagem de máquina,como outras linguagens estaticamente compiladas e sim para uma representação intermediária, chamada de bytecodes.
Os bytecodes são interpretados pela máquina virtual Java (JVM - Java Virtual Machine). Muitas pessoas acreditam que por causa desse processo, o código interpretado Java tem baixo desempenho. Durante muito tempo esta foi uma afirmação verdadeira. Porém novos avanços têm tornado o compilador dinâmico (a JVM), em muitos casos, mais eficiente que o compilador estático.
Java hoje já possui um desempenho próximo do C++. Isto é possível graças a otimizações como a compilação especulativa, que aproveita o tempo ocioso do processador para pré-compilar bytecode para código nativo. Outros mecanismos ainda mais elaborados como o HotSpot da Sun, que guarda informações disponíveis somente em tempo de execução (ex.: número de usuários, processamento usado, memória disponível), para otimizar o funcionamento da JVM, possibilitando que a JVM vá "aprendendo" e melhorando seu desempenho. Isto é uma realidade tão presente que hoje é fácil encontrar programas corporativos e de missão crítica usando tecnologia Java. No Brasil, por exemplo, a maioria dos Bancos utiliza a tecnologia Java para construir seus home banks, que são acessados por milhares de usuários diariamente. Grandes sítios como o eBay utilizam Java para garantir alto desempenho. E a cada ano Java tem se tornado mais rápido, na medida que se evolui o compilador dinâmico [6][carece de fontes?].
Essa implementação no entanto tem algumas intrínsecas. A pré-compilação exige tempo, o que faz com que programas Java demorem um tempo significativamente maior para começarem a funcionar. Soma-se a isso o tempo de carregamento da máquina virtual. Isso não é um grande problema para programas que rodam em servidores e que deveriam ser inicializados apenas uma vez. No entanto isso pode ser bastante indesejável para computadores pessoais onde o usuário deseja que o programa rode logo depois de abri-lo. A próxima versão da máquina virtual produzida pela Sun promete novos recursos que irão minimizar este fato.1
O Java ainda possui uma outra desvantagem considerável em programas que usam bastante processamento numérico. O padrão Java tem uma especificação rígida de como devem funcionar os tipos numéricos. Essa especificação não condiz com a implementação de pontos flutuantes na maioria dos processadores o que faz com que o Java seja significativamente mais lento para estas aplicações quando comparado a outras linguagens.
Os bytecodes produzidos pelos compiladores Java podem ser usados num processo de engenharia reversa para a recuperação do programa-fonte original. Esta é uma característica que atinge em menor grau todas as linguagens compiladas. No entanto já existem hoje tecnologias que "embaralham" e até mesmo criptografam os bytecodes praticamente impedindo a engenharia reversa.

[editar] Exemplos de código

[editar] Método main
O método main é onde o programa inicia. Pode estar presente em qualquer classe. Os parâmetros de linha de comando são enviados para a array args[], do tipo String.
public class OlaMundo {
public static void main(String args[]) {
System.out.println("Olá, Mundo!");
}
}

[editar] Criação de classes
Exemplo:
public abstract class Animal {
public abstract void fazerBarulho();
}

----

public class Cachorro extends Animal {
public void fazerBarulho() {
System.out.println("AuAu!");
}
}

----

public class Gato extends Animal {
public void fazerBarulho() {
System.out.println("Miau!");
}
}
O exemplo acima cria a classe Animal e duas classes derivadas de Animal.
Java não suporta herança múltipla, e todas as classes em Java derivam de Object